4º Estudo NEXT – Ferramentas de gestão para sustentabilidade – Desafio 3: Transversalizar a gestão responsável nas empresas

4º Estudo NEXT – Ferramentas de gestão para sustentabilidade – Desafio 3: Transversalizar a gestão responsável nas empresas

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Implantar a sustentabilidade ao longo das diversas áreas das organizações por meio de ferramentas

Sustentabilidade na estratégia, na cultura e na empresa como um todo


Se há décadas Peter Drucker já considerava a expressão “gestão responsável” um pleonasmo, uma vez que qualquer atividade de gerenciamento deveria ser automaticamente responsável pelos impactos sociais gerados, por que insistir até hoje no debate deste tema? A razão é simples: o assunto não se esgotou. Ao contrário, frente aos desafios atuais, ele ganhou destaque.

Inúmeros workshops e conferências sobre gestão responsável acontecem em diversos países, agregando uma série de atores da academia e da indústria. Apenas o PRME (Principles for Responsible Management Education) executou, em 2014, nove eventos diretamente relacionados ao assunto, todos realizados em países distintos – Polônia, Índia, África do Sul, por exemplo – e sediados por universidades de renome, envolvendo empresas líderes como Unilever, Johnson & Johnson e Accenture, além de especialistas de escolas de negócios ao redor do mundo.

Realizada pela McKinsey em 2014, a pesquisa Sustainability’s strategic worth: McKinsey Global Survey results (Valor estratégico da sustentabilidade: resultados da Pesquisa Global da McKinsey) aponta que a maioria dos 3.344 executivos entrevistados – representantes de variadas indústrias e regiões – considera a gestão responsável para a sustentabilidade um elemento estratégico devido aos seus potenciais benefícios de reputação, os quais são vistos como uma tendência ainda pelos próximos cinco anos.

As ações para gerenciar a imagem variam por indústria, mas, em geral, as empresas se empenham em comunicar suas atividades aos consumidores e manter relações com as partes interessadas.

A alta gerência também precisa se convencer de que sustentabilidade é extremamente importante para a organização. A urgência imposta pelos problemas atuais do aquecimento global, da crise hídrica e da corrupção nas empresas já não permite ao conselho diretivo se dividir em conflitos.

E, a menos que os líderes compreendam a oportunidade estratégica do tema, dificilmente haverá êxito em implementá-lo em toda a corporação. Apesar dos grandes desafios, existe um indício de avanço. A McKinsey identificou, na pesquisa citada anteriormente, que desde 2010 o engajamento de CEOs vem aumentando, como observado no gráfico a seguir.

Fonte: McKinsey. Sustainability’s strategic worth: McKinsey Global Survey results.2014

O número de CEOs que, em 2014, afirmaram priorizar a sustentabilidade na agenda da alta administração praticamente dobrou em relação a 2012. Um crescimento, porém, ainda tímido, se considerado o poder dos líderes de mudar o negócio na sua esfera de influência.

A mensagem da sustentabilidade precisa ser coerente tanto para quem toma decisões coletivas como para quem as executa. Para P.J. Simmons, presidente da Corporate Eco Forum, a sustentabilidade não deve se concentrar nas mãos do CSO (Chief Sustainability Officer) e sua equipe.

Esses atores deveriam ser técnicos, não atacantes. Eles desenham estratégias, mas quem executa é o time de pessoas espalhadas pela organização. Cabe a áreas diversas, portanto, como marketing, infraestrutura ou RH, incorporar o uso de ferramentas de gestão sustentável, o que pode acontecer de duas formas.

De um lado, há empresas já munidas de serviços terceirizados capazes de colaborar na integração do conceito aos departamentos tradicionais. A americana Oracle, por exemplo, oferece soluções para a redução dos impactos ambientais por meio de uma infraestrutura de TI otimizada, com menores custos de energia.

Do outro lado, nada impede os próprios profissionais de incorporar valores da sustentabilidade em suas atribuições rotineiras. Por exemplo: um contador que, além de cumprir as funções primárias da contabilidade, direciona seu conhecimento para solucionar problemas socioambientais, como a crise hídrica (precificando a água para evitar a escassez) ou emissão de gases de efeito estufa (lidando com imposto sobre carbono).

Para mensurar as alternativas apontadas, porém, o contador precisaria se aproximar de engenheiros, cientistas, advogados ou qualquer outro profissional capaz de contribuir com o desenvolvimento dessa métrica.

Oliver Laasch e Roger Conaway, em seu livro Principles of Responsible Management: Glocal Sustainability, Responsibility, and Ethics, de 2014, destacam que para que a inserção da sustentabilidde na estratégia se efetive, ela deverá ser implantada nas diversas áreas da empresa, de recursos humanos à finanças, passando por marketing, comunicação e outras.

A mudança deverá ocorrer da sustentabilidade do negócio para a gestão da sustentabilidade; da responsabilidade empresarial para a gestão da responsabilidade; e da ética de negócios para a gestão da ética.  Uma mudança fundamental da organização deve caminhar para a perspectiva individual, levando funcionários, de todas as áreas, especialmente os gestores, a atuarem como intra-empreendedores, fazendo com que suas organizações sejam mais responsáveis.

Para alcançar a sustentabilidade é fundamental avaliar a evolução do sistema em direção à sustentabilidade. As ferramentas de gestão têm a capacidade de ordenar o tema da sustentabilidade nas organizações.

Em Palavra de Especialistas, o leitor confere ferramentas e comportamentos voltados para a transversalização da sustentabilidade em diversas áreas da gestão.

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