Estudo NEXT – Especial RH – Tendência 7: Estratégia

Estudo NEXT – Especial RH – Tendência 7: Estratégia

Tendência 7: Estratégia

O RH precisa contribuir para integrar a agenda de sustentabilidade no planejamento estratégico de negócios da empresa

 

“Se a companhia não está muito consciente de suas metas de sustentabilidade, o RH certamente pode contribuir para colocar o tema no centro da estratégia do negócio e ajudar a mensurar resultados por meio de seu corpo de funcionários.” A afirmação é do pesquisador americano Andrew Savitz, em entrevista à Ideia Sustentável.

Para o especialista, um dos papéis do RH é permitir que o tema surja na empresa “de baixo para cima, removendo os naturais bloqueios que os cargos mais abaixo na hierarquia corporativa têm para se comunicar com os mais altos. Assim, até os estagiários podem ser um canal para levar a mensagem aos chefes”, afirma Savitz.

Uma das dificuldades, no entanto, pode estar, ainda, na pequena quantidade de colaboradores capazes de conduzir a mensagem da sustentabilidade nas empresas. Em artigo produzido para o Centro Mundial de Meio Ambiente (WEC) e publicado em 2013, o conselheiro Mike Barry (também diretor de Negócios Sustentáveis da Marks&Spencer), e Terry F. Yosie, CEO da mesma organização, apontam 12 pontos-chave para o futuro dos negócios sustentáveis, que perpassam o papel do RH.

O destaque, no entanto, embute uma crítica à escassez de participação e, pior, à falta de protagonismo desse setor na construção da estratégia verde das companhias. “Uma porcentagem crescente de aposentadorias nos próximos cinco anos vai desafiar as empresas a recrutar pessoas com habilidades e experiências apropriadas.

Muitos departamentos de Recursos Humanos não estão pensando estrategicamente sobre a criação de vantagem competitiva por meio de seu recrutamento, nem têm conhecimento suficiente a respeito de futuras necessidades de competências em áreas como avaliação do ciclo de vida, experiências multiculturais, novas plataformas de tecnologia da informação ou desenvolvimento de talentos locais.”

Ainda segundo os autores, outra falha no comportamento das empresas é que elas deveriam alimentar as universidades com business cases, para preparar futuros líderes e especialistas com habilidade em administrar modelos de negócios sustentáveis. E não o fazem.

Obviamente, esse gap dificulta o processo down-top (de baixo para cima) de convencimento dos líderes sobre a importância estratégica do tema. No entanto, uma maneira de “convencer” a liderança, segundo os especialistas, seria apresentar dados (números e benefícios tangíveis) sobre impactos de programas sustentáveis em empresas – quase sempre positivos.

Para ajudar de forma prática nessa tarefa, um estudo realizado em parceria entre a Universidade de Cambridge, o Programa de Negócios e Ambiente do Príncipe de Gales e o Conselho Mundial para o Desenvolvimento Sustentável recomenda que o gestor de RH deve se perguntar de que forma a estratégia de sustentabilidade se aplica ao seu negócio. Pensando nisso, os especialistas propõem ao profissional da área que se faça as seguintes quatro perguntas-chave:

– Os valores de sustentabilidade inspiram futuros líderes na sua companhia? Ou essas questões são essencialmente irrelevantes para a produtividade?
– Quais são as maneiras mais efetivas da sua companhia incentivar a performance em linha com os objetivos de desenvolvimentos sustentável?
– Quais são as medidas certas e indicadores para endereçar o sucesso dos indivíduos e equipes que contribuem para o desenvolvimento sustentável dentro da empresa?
– Como se pode utilizar o conhecimento do setor de RH – em particular, o seu entendimento de habilidades e práticas de trabalho da organização – para encorajar gerentes a incorporarem questões socioambientais nos seus scorecards?

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